



Nota solta... soLtinha

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Talvez (apenas talvez), minha amiga, você concorde comigo que a dança é coisa do corpo. O corpo dança. Talvez você concorde que corpos dançam, todo corpo, qualQUER corpo... Mas, o que mais dança? O que mais pode dançar??? Talvez você esteja lendo estas linhas em tinta sobre papel, em bom Português: o preto no branco... talvez você esteja lendo em outros suportes arriscados e rabiscados enquanto tateamos o que fazemos por aqui... Mas, como disse, é tudo talvez. E de talvez em talvez, minha amiga, que tal transitar um pouquinho mais no campo das incertezas? Imaginar um pouco mais? Se permitir sonhar? Tentarei (eu juro) caminhar de mãos dadas com você... mas é que meu corpo cambaleia soltinho, soltinho... dançante (não foi sempre assim, admito, existem momentos de dores difíceis e momentos em que nós mesmos empedramos o caminho.) ... Em algum momento é possível que você pense que te abandonei e que estás à deriva. Caso se sinta assim, pause.
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A pausa também faz o dançar, é pura intensidade.
...Respire...
Talvez você cambaleie um pouco (a expectativa me empolga!) ... logo ali, pegue a mão que surgir e dance, dance com ela, dance comigo.
~*~
Ver-se-á palavRas dançantes por onde entrar: sinta-as. As palavras ganham sentido no corpo, na abertura do corpo, na experimentação, forjam seu próprio sentido...
Bora botar a escrita para dançar?
